sábado, 21 de março de 2009

Relativamente ao relativismo

Nem tudo é relativo. O mundo está aos poucos a esquecer-se desta verdade. Ainda existe (que alívio) o certo e o errado. E há coisas (que alívio de novo) que não mudam.


Não é certo usar as pessoas para suprir as nossas carências - mesmo que as nossas carências sejam profundas e nos magoem muito.
Não é certo ser desleal - também não é certo ser infiel...mas pior que a infidelidade, só mesmo a deslealdade.
Não é certo ser egoísta - gostar de nós próprios é certo. Sermos egoístas é errado.
Não é certo fazer algo que não nos realize - porque uma pessoa infeliz torna o mundo pior.
Não é certo querer forçosamente ser igual a toda a gente - cada pessoa tem de ser igual a si própria. Caso contrário transformar-se-á numa farsa.
Não é certo magoar o outro só porque ele nos magoou - é uma forma de criar ciclos de dor.
Não é certo ver o amor (e neste amor inclui-se também a amizade) como algo que começa e termina. O amor é demasiado importante. E não pode ter prazo de validade.
Não é certo ver o amor com relatividade. O amor expressa-se de diferentes formas mas não é relativo. Ou existe e cuidamos dele como a coisa mais preciosa da nossa vida...Ou não existe. E ponto final.
Não é certo encarar a vida humana apenas a partir de um momento. Existo há 24 anos e 10 meses (contando com o tempo que estive na barriga da minha mãe).
Não é certo excluir as pessoas só porque pensam ou sentem de forma diferente da nossa forma de pensar ou sentir. Não compreender é algo que não é errado. Não aceitar é claramente errado.
E finalmente...Não é certo deixarmos de dizer aquilo que achamos não estar certo. Mesmo que a relatividade do mundo de hoje nos chame coisas feias.

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